Nos últimos meses, o governo Lula voltou a colocar em pauta um velho fantasma da economia brasileira: o controle de preços. Apesar de negar veementemente que irá adotar tal medida, o histórico de ações e discursos do governo nos mostra que, entre o que é dito e o que é feito, existe uma enorme distância. Essa possibilidade nos remete ao passado, quando práticas semelhantes foram desastrosas e agravaram a pobreza, especialmente entre os mais vulneráveis.
Vamos entender por que essa ideia, embora tentadora, é um desastre. E mais: como chegamos até aqui, em mais um capítulo sombrio de uma história econômica que já parecia resolvida.
Hiperinflação e as Tentativas Fracassadas
Se voltarmos algumas décadas, o Brasil enfrentou um período de hiperinflação que parece quase inimaginável para as gerações mais novas. Na década de 1980 e início de 1990, os preços podiam subir mais de 80% ao mês. Isso significava que o salário recebido hoje já não compraria os mesmos produtos no final do mês.
Para tentar controlar essa loucura, diversos governos lançaram planos econômicos que, em teoria, resolveriam o problema. Um deles foi o Plano Cruzado, de 1986, que congelou preços e salários. Inicialmente, funcionou como mágica: os preços pararam de subir. Mas isso foi uma ilusão. O congelamento gerou desabastecimento, filas nos mercados e a volta da inflação com força total. O mesmo se repetiu com outros planos fracassados, como o Plano Collor. Tudo isso só mudou com o Plano Real, em 1994, que estabilizou a economia e trouxe previsibilidade para o dia a dia das pessoas.
O PT e a Volta do Colapso Econômico
Depois de anos de estabilidade econômica, o Brasil começou a se desviar do caminho com as políticas populistas dos governos do PT, especialmente no mandato de Dilma Rousseff. Foi um período marcado por intervenções desastrosas na economia:
1. Contas públicas em colapso: Dilma promoveu desonerações fiscais irresponsáveis e manipulações nos preços da energia elétrica e combustíveis. Isso gerou um rombo fiscal gigantesco e uma crise de confiança no mercado.
2. Recessão histórica: Entre 2015 e 2016, o Brasil enfrentou a pior recessão de sua história, com o PIB encolhendo 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016.
3. Inflação alta e desemprego: A inflação atingiu 10,67% em 2015, enquanto o desemprego disparou, ultrapassando 12% no final de seu governo. Isso empurrou milhões de famílias para a pobreza.
Esses dados são inquestionáveis. As políticas econômicas de Dilma foram desastrosas e criaram um ciclo de miséria que afetou principalmente os mais pobres. Eles foram os primeiros a sentir o impacto da inflação nos preços de alimentos e no desemprego.
Temer e Bolsonaro: Um Respiro em Meio ao Caos
Com a saída de Dilma, Michel Temer assumiu em 2016 e implementou reformas estruturais, como o teto de gastos, que limitou o crescimento das despesas públicas. Isso foi fundamental para recuperar a confiança na economia.
Durante o governo Bolsonaro, mesmo enfrentando a pandemia de COVID-19, que foi um dos maiores desafios econômicos globais da história recente, o Brasil conseguiu resultados positivos:
• Auxílio Emergencial: Durante a pandemia, milhões de brasileiros receberam suporte financeiro, evitando um colapso social ainda maior.
• Crescimento do PIB: Em 2022, o Brasil cresceu 3%, e os investimentos internos atingiram o maior nível desde 2015.
• Inflação controlada: Apesar dos choques globais, como a guerra na Ucrânia, o governo conseguiu manter a inflação em níveis mais baixos, especialmente no setor de combustíveis, por meio da redução de impostos.
Esses avanços criaram um caminho para a recuperação econômica. Mas, com o retorno de Lula ao poder, essa trajetória foi abruptamente interrompida.
O Furacão Lula e a Crise Atual
Desde o início de 2023, com o governo Lula, o cenário começou a mudar drasticamente. Os mais pobres, que já sofrem com os preços altos, estão sendo esmagados pelas políticas econômicas descoordenadas. Eis os dados que comprovam essa afirmação:
1. Inflação mais alta para os pobres: Em 2024, a inflação para as famílias de baixa renda foi de 5%, superando a média nacional de 4,83%. Isso significa que o básico, como arroz, feijão, carne e óleo, ficou muito mais caro para quem já ganha pouco.
2. Desemprego persistente: Apesar de pequenas quedas no índice oficial, o mercado informal domina, e os empregos com carteira assinada não acompanham o crescimento populacional.
3. Confusão fiscal: As promessas de Lula sobre aumento de gastos públicos estão colocando o equilíbrio fiscal em risco novamente, o que pressiona a economia e eleva os juros, dificultando ainda mais a vida dos mais pobres.
4. Aumento da desigualdade: Quando os preços dos alimentos e combustíveis sobem, quem sente mais são os mais pobres. Eles gastam a maior parte da sua renda com esses itens, e, com a inflação, suas vidas se tornam insuportáveis.
Conclusão: O Preço de Lula para os Brasileiros
Hoje, os mais pobres estão vendo a comida sumir de suas mesas. Com Lula e o PT, a inflação corrói o salário, o desemprego ronda os lares, e a esperança de dias melhores parece cada vez mais distante. Não importa se você gosta ou não do Lula, nem quais são suas convicções políticas. A verdade é uma só: com Lula e o PT, todos ficamos mais pobres, e nossa vida piora.
As lições da história estão diante de nós. Não podemos ignorar os dados, nem os fatos. A ilusão de soluções fáceis, como controle de preços ou aumento de gastos sem responsabilidade, já nos custou caro no passado. Agora, estamos pagando novamente.