O Brasil acompanhou o Oscar com expectativa. O filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, concorria ao prêmio de Melhor Filme Internacional e, para muitos, sua vitória seria um reconhecimento da qualidade do cinema nacional.
Mas Ainda Estou Aqui não é apenas um filme. Ele carrega um propósito muito claro: conscientizar o público sobre os perigos do arbítrio e da tirania, alertando para que um regime autoritário nunca mais retorne ao Brasil. A obra se propõe a ser um lembrete incômodo, uma vacina cultural contra qualquer ameaça ao Estado democrático.
A ideia não é absurda. Os alemães, por exemplo, fazem esse exercício constantemente. Com o peso do nazismo em sua história, eles se perguntam: teríamos algum anticorpo contra uma eventual restauração de um regime totalitário? Seríamos capazes de perceber o perigo antes que fosse tarde?
É um questionamento legítimo. Mas ele também deve ser feito por nós, brasileiros.
Se um novo regime de arbítrio estivesse sendo implantado, você perceberia? Ou seria um de seus apoiadores?
A Ditadura Nunca Se Anuncia – Ela Se Instala aos Poucos
Nenhuma tirania chega com um comunicado oficial. Nenhum regime de arbítrio se apresenta como tal. Ele surge sorrateiramente, normalizando pequenas censuras, criminalizando certos discursos, justificando perseguições políticas, distorcendo leis para que apenas um lado possa falar.
E, antes que as pessoas percebam, já é tarde demais.
É justamente isso que o filme de Walter Salles propõe refletir. Ele levanta a questão: como podemos garantir que nunca mais viveremos sob um regime autoritário?
A resposta parece óbvia: basta defendermos a liberdade. Basta protegermos o direito de todos falarem, discordarem, se manifestarem.
Agora, olhe ao seu redor.
Isso está acontecendo?
Os mesmos militantes que exaltam a “defesa da democracia” aplaudem quando ministros do STF cassam adversários políticos sem base legal. Justificam prisões arbitrárias. Celebram a censura, desde que os censurados sejam seus opositores. Fingem não ver a instrumentalização da Justiça para perseguir desafetos do governo.
O problema não é um novo regime autoritário surgir no futuro.
O problema é que ele já surgiu – e muitos que dizem temê-lo são seus maiores entusiastas.
O Que de Fato é um Regime de Arbítrio?
Se perguntarmos a um militante o que define um regime arbitrário, ele descreverá algo assim:
• Oposição perseguida.
• Censura da imprensa.
• Julgamentos políticos.
• Poder concentrado em poucas mãos.
Agora, vejamos o que acontece no Brasil hoje.
• Oposição política é cassada por ministros do STF, sem julgamento legítimo.
• Jornalistas independentes são censurados, presos e forçados ao exílio.
• O Judiciário interfere diretamente no processo eleitoral, impedindo candidaturas e manipulando regras para favorecer um lado.
• Qualquer discurso contrário à narrativa oficial é rotulado como “fake news” e eliminado.
Isso não é democracia. Isso é um regime de arbítrio.
E o mais irônico é que aqueles que dizem lutar contra a tirania são os que a sustentam com mais força.
O Brasil Já Não Precisa Temer uma Ditadura – Porque Já Vive Sob Uma
O governo Lula não apenas observa esse processo. Ele induz, participa e se beneficia ativamente do arbítrio. Enquanto isso, impõe ao país uma agenda que corrói a economia, desmonta a eficiência do setor público e fere os valores mais profundos da sociedade brasileira.
O cartel entre o STF e o governo federal não apenas destruiu a separação entre os poderes, mas também eliminou qualquer aparência de um “Estado de Direito”.
Antes, era impensável que ministros do Supremo Tribunal Federal agissem como aliados políticos do governo. Hoje, essa aliança é a base de sustentação do regime.
Antes, havia um esforço para ao menos manter as aparências institucionais. Hoje, o Brasil já é governado sem lei, sem limites e sem qualquer compromisso com a democracia.
Você Realmente Tem Anticorpos Contra a Tirania?
Se você apoia esse sistema, talvez pense que está do lado certo da história. Talvez ache que nunca será censurado, perseguido ou silenciado.
Mas quando a História mudou, aqueles que achavam que estavam seguros sempre foram os primeiros a cair.
E agora, o momento da verdade.
Se você, hoje, está confortável com prisões políticas, censura e perseguições, você não tem anticorpos contra a tirania.
Se você defende o arbítrio, mas acredita que está protegendo a democracia, então você foi cooptado pela mentira.
Agora, vá além: se você estivesse na Alemanha da década de 1930, como reagiria? Você realmente seria um opositor do regime que crescia, ou encontraria justificativas para suas ações? Você se iludiria, acreditando que estava defendendo a ordem, quando, na verdade, apoiava o pior tipo de autoritarismo?
O Brasil já vive sob um regime de arbítrio.
A única pergunta que resta é: você percebeu isso a tempo?